quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cerrado Ganha Proteção

 
   
 Agência FAPESP – A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, no dia 5 de maio, a Lei de Proteção ao Cerrado, que determina critérios mais severos que o próprio Código Florestal Brasileiro no que diz respeito à utilização e preservação do bioma.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, com a nova lei ficam mais rígidas as restrições nos licenciamentos em áreas de Cerrado, ficando proibido qualquer tipo de intervenção em áreas de Cerradão (vegetação com mais de 90% de cobertura do solo) e Cerrado stricto sensu (vegetação que apresenta estrato descontínuo, composto por árvores e arbustos geralmente tortuosos).
   Trata-se da primeira vez que um estado brasileiro cria uma lei específica para o Cerrado. Atualmente, São Paulo possui somente 0,84% de área de Cerrado, o que equivale a 211 mil hectares. A ocupação original do território paulista com o bioma era de 14%, ou 3,4 milhões de hectares.
A secretaria já havia demonstrado interesse em endurecer a lei para garantir a preservação do bioma em 11 de setembro de 2008, data de comemoração do Dia Nacional do Cerrado, época em que publicou uma resolução que suspendeu por seis meses a supressão de vegetação em áreas de Cerrado.

Cerrado já perdeu mais da metade da vegetação original

   
  Brasília - O novo plano de combate ao desmatamento do Cerrado, lançado hoje (15) pelo governo, tem a difícil missão de frear a destruição de um dos biomas mais ameaçados do País. Com um ritmo de devastação de 14 mil quilômetros quadrados por ano, o Cerrado já perdeu quase metade de sua vegetação original.O bioma, que ocupa 22% do território brasileiro, já perdeu quase 1 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 48% de sua cobertura total. Somente entre 2002 e 2008, foram desmatados 85.075 quilômetros quadrados, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.O desmatamento recente no Cerrado está concentrado no oeste da Bahia - na divisa com Goiás e o Tocantins - e no norte de Mato Grosso.


     As áreas coincidem com as regiões produtoras de grãos e de carvão.Em todo o bioma, a expansão das lavouras de cana-de-açúcar e de soja, além da produção de carvão e das queimadas (naturais ou provocadas), são os principais fatores de desmatamento. A pecuária também tem contribuição significativa para a destruição do Cerrado, principalmente por causa do modelo de produção extensivo, que chega a destinar mais de um hectare para cada boi.A devastação do Cerrado também ameaça a oferta de recursos hídricos do País. Considerado "a caixa dá água do Brasil", o bioma concentra as nascentes das bacias hidrográficas do São Francisco Araguaia-Tocantins e do Paraná-Paraguai.A proteção do bioma é estratégica para que o governo brasileiro consiga cumprir as metas assumidas internacionalmente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do país entre 36,1% e 38,9% até 2020.

Mato Grosso e Bahia concentram os desmatamentos recentes no Cerrado

  
   O novo plano de combate ao desmatamento do Cerrado, lançado pelo Governo Federal, tem a difícil missão de frear a destruição de um dos biomas mais ameaçados do país. Com um ritmo de devastação de 14 mil quilômetros quadrados por ano, o Cerrado já perdeu quase metade de sua vegetação original.


        O bioma, que ocupa 22% do território brasileiro, já perdeu quase 1 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 48% de sua cobertura total. Somente entre 2002 e 2008, foram desmatados 85.075 quilômetros quadrados, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente.
        O desmatamento recente no Cerrado está concentrado no oeste da Bahia – na divisa com Goiás e com Tocantins – e no norte de Mato Grosso. As áreas coincidem com as regiões produtoras de grãos e de carvão.
        Em todo o bioma, a expansão das lavouras de cana-de-açúcar e de soja, além da produção de carvão e das queimadas (naturais ou provocadas), são os principais fatores de desmatamento. A pecuária também tem contribuição significativa para a destruição do Cerrado, principalmente por causa do modelo de produção extensivo, que chega a destinar mais de um hectare para cada boi.
        A devastação do Cerrado também ameaça a oferta de recursos hídricos do país. Considerado “a caixa dá água do Brasil”, o bioma concentra as nascentes das bacias hidrográficas do São Francisco Araguaia-Tocantins e do Paraná-Paraguai.
        A proteção do bioma é estratégica para que o governo brasileiro consiga cumprir as metas assumidas internacionalmente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do país entre 36,1% e 38,9% até 2020.

Ano Internacional da Biodiversidade


AIB - A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2010 como Ano Internacional da Biodiversidade, com o propósito de aumentar a consciência sobre a importância da preservação da biodiversidade em todo o mundo.

Esta celebração oferece excelente oportunidade para:

  •  Evidenciar a importância da biodiversidade para nossa qualidade de vida.
  •  Refletir sobre os esforços já empreendidos para salvaguardar a biodiversidade até o momento, reconhecendo as organizações atuantes.
  • Promover e dinamizar todas as iniciativas de trabalho para reduzir a perda da biodiversidade.
A proteção da biodiversidade requer um esforço por parte de todos. Através de atividades em todo o mundo a comunidade global deverá trabalhar em conjunto para garantir um futuro sustentável para todos.

A Secretaria da Convenção sobre a Diversidade Biológica foi designada pela ONU, como coordenadora das ações do Ano Internacional da Biodiversidade – 2010. Estabelecida durante a realização da Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro em 1992 (Eco/92), a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) é depositária de um tratado internacional para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, com o intuito de promover o compartilhamento dos muitos benefícios advindos da biodiversidade. Com 191 países membros signatários integrantes, a CDB goza de uma adesão quase total na comunidade das nações.

Com o Ano Internacional da Biodiversidade 2010, espera-se salientar a valorização dos objetivos das organizações que trabalham em todo o mundo para salvaguardar a biodiversidade.

Os objetivos do Ano Internacional da Biodiversidade 2010 são os seguintes:

  • Aumentar a consciência pública sobre a importância de salvaguardar a biodiversidade para a continuidade da vida na Terra, identificando e combatendo as ameaças subjacentes.

  • Aumentar a consciência sobre a importância dos esforços já empreendidos por governos e comunidades para salvar a biodiversidade, promovendo a participação de todos.
  • Incentivar os povos, organizações e governos a tomarem medidas imediatas necessárias à defesa da perda da biodiversidade.
  • Promover soluções inovadoras para reduzir as ameaças que se abatem sobre a biodiversidade.
  • Estabelecer um diálogo entre os participantes sobre as medidas a serem adotadas após o ano de 2010, garantindo a continuidade segura dos programas desenvolvidos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Estrangeiros no cerrado


    
   O Centro-Oeste do Brasil está atraindo cada vez mais estrangeiros, que buscam bons negócios.O cerrado de Mato Grosso entrou no roteiro dos investidores, principalmente americanos, por garantir lucro certo em terras mais baratas.
    A medalha que John Cain ele ganhou na guerra do Iraque em 1991 é a única ligação com o passado. Agora a missão do americano é construir o futuro na região do Xingu, em Mato Grosso. O texano de 38 anos vai criar bois e plantar soja em oito mil hectares.
"Aqui você tem uma margem de lucro maior e por isso tem mais espaço para ser criativo", acha John.
   As federações de agricultores acreditam que pelo menos 300 fazendeiros americanos e europeus botaram o pé no Brasil nos últimos anos. O que atraiu os estrangeiros foi uma combinação difícil de encontrar lá fora: duas safras por ano, terras planas e que custam até um décimo do preço nos Estados Unidos, por exemplo.
   O cerrado é o destino preferido. Pelo menos duas vezes por ano baixam caravanas de americanos nas fazendas de Mato Grosso, cheios de curiosidade e dólares no bolso.
   O mercado é tão promissor que já surgiram imobiliárias especializadas em atender este tipo de cliente. Uma delas oferece fazendas pela internet, em inglês e alemão. São, em média, 300 acesso por mês e dez fazendas vendidas por ano.
"A maioria deles paga à vista. Às vezes, eles pagam em duas vezes", revela Egídio Frederico, corretor.
    A lei impõe restrições à aquisição de terras por estrangeiros residentes. Eles podem comprar no máximo um quarto da área de um município. E as terras não podem estar em regiões de fronteira.
"É por uma questão de segurança nacional", explica um corretor.
   O passaporte é dos Estados Unidos, a família é brasileira: Johnattan Carter quer fazer fortuna no Brasil usando o jeito americano de comandar a fazenda de quatro mil hectares em Querência: "Estamos conseguindo pagar o investimento aos poucos e com isto investindo mais", observa.
   É mais um americano apaixonado por soja futebol, com um coração bem dividido: "O que vale mesmo é o Dallas Cowboy, e no Brasil, o Fluminense", brinca Johnattan